Itororó é um córrego: xilogravuras e fotografias
Este ensaio é composto por fotografias tiradas nas margens e proximidades do córrego do Itororó, ou mais precisamente da cidade que ocupa seu leito, suas margens e seus arredores. As fotos foram tiradas em caminhadas na madrugada e alvorada, durante a pandemia. O ensaio é também composto por xilogravuras realizadas simultaneamente às gravuras, nas quais as figuras são construídas buscando correspondências entre as marcas do corte/impressão e imagens ou indícios do corpo humano. Estas fotografias e xilogravuras sobrepostas e justapostas no mesmo suporte, constroem imagens em que lido com aproximações, cruzamentos, estranhamentos e distanciamentos entre as figuras do corpo e da cidade. As fotografias foram impressas em impressora jato de tinta sobre papel de desenho, e as xilogravuras foram impressas a seguir sobre as fotografias. Estas imagens presentes no ensaio foram então reproduzidas fotograficamente. Neste ensaio lido com questões relativas à variação, multiplicação e transformação da imagem, que estão presentes no trânsito que faço entre a gravura e a fotografia. Formulações propostas ao longo do tempo, entre projetos, trajetos e errâncias.